O encanto imediato provocado pela webserie Stranger Things, emitida pelo site de streaming Netflix, é resultado de uma receita difícil de chegar a homogeneidade, juntar elementos fundamentais para uma série de sucesso e mantê-los em harmonia não é uma tarefa fácil, no entanto foi exercida com êxito pelos irmãos Duffer, cujo sobrenome nunca fora visto antes... Pelo menos, não que eu me lembre.
Contamos também com a atuação sólida do elenco, tendo a Winona Ryder como Joyce Byers mãe do desaparecido Will Byers, de 12 anos, e do jovem Jonathan Byers, e David Harbour que faz um trabalho sólido como o chefe de polícia local, que tem uma história suspeita no passado, recurso que contribui para com o background de suspense e suposições por trás dos personagens.
A reprodução da década de 80, ano de 1983 para ser mais específica, agrega nostalgia a trama tornando os personagens mais próximos dos telespectadores. É sobre encontrar aquele momento atemporal quando tudo parecia tentadoramente, assustadoramente novo. É uma espécie de sci-fi retrô, que deu muito certo, lembra um pouco o filme Super Oito e várias obras de literárias de Stephen King.
Stranger Things praticamente criou algo que cativa e dá medo ao mesmo tempo, a série te deixa apreensivo até o último segundo do episódio. Sem contar na abertura e na trilha sonora que emoldura a série dando aquele toque zeitgeist final.